Maior velocidade de ganho de peso, melhor acabamento de carcaça e menor tempo de abate estão entre as vantagens apresentadas por quem utiliza reprodutores Senepol nos cruzamentos
Nas últimas três décadas, o Brasil aumentou a produção de carne bovina em 139%, enquanto viu a área de pastagens recuar 15% (29,2 milhões de hectares a menos), conforme apontam dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). Esse avanço do setor é reflexo do maior investimento no melhoramento genético das raças bovinas por parte dos pecuaristas brasileiros. Segundo o vice-presidente da ABCB Senepol, Gilmar Goudard, a expectativa é que o Brasil continue avançando em produtividade nos próximos anos em decorrência do uso em maior escala de tecnologias, como a genômica, para a seleção dos touros melhoradores. “Os produtores que têm priorizado o uso de touros melhoradores estão conseguindo maior retorno econômico na pecuária de corte. E o Senepol tem atendido bem a esse mercado porque é uma raça que transmite 100% de heterose no cruzamento, garantindo a qualidade que a carne precisa ter para o produtor conseguir melhor remuneração da indústria frigorífica”, assegura Goudard.
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Como apenas 12% das vacas em idade reprodutiva são inseminadas artificialmente no País, o vice-presidente da ABCB Senepol acredita que os touros da raça podem ser utilizados não só nas propriedades que usam apenas monta natural, mas também naquelas que inseminam. “Mesmo nos rebanhos que utilizam a inseminação artificial, existe a necessidade do touro para fazer o repasse das vacas. E como o Senepol consegue cobrir bem a campo mesmo nas regiões de clima mais quente, torna-se uma opção interessante para o produtor que usa Angus na inseminação e quer manter a mesma qualidade de carne nos produtos nascidos de touros de repasse”, explica Goudard.
Para manter a qualidade da carne produzida em seu rebanho, o pecuarista Lucas Miglioli, da Fazenda Gruta Azul, em Dois Irmãos do Buriti/MS, utiliza touros Senepol para cobrir fêmeas meio-sangue Angus/Nelore. “Os produtos tricross de cruzamento com Senepol têm apresentado bons resultados, permitindo-nos manter e até superar os índices zootécnicos verificados com outros cruzamentos. Outra coisa que me fez optar pela raça é a possibilidade de fazer um cruzamento através de monta natural, uma vez que os touros Senepol cobrem bem a campo, dando, assim, uma alternativa à produção de um maior número de cruzamentos”, destaca Miglioli.
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Hoje, a raça já ultrapassou a marca de mais de 100 mil animais registrados, mesmo com apenas 18 anos de seleção no Brasil. “Essa oferta maior no mercado de touros registrados da raça beneficia diretamente as fazendas que trabalham com cria, recria e engorda, que poderão elevar a produtividade do rebanho pelo fato de o Senepol proporcionar ao cruzamento maior velocidade de ganho de peso, melhor acabamento de carcaça e menor tempo de abate”, diz o superintendente Técnico da ABCB Senepol, Celso Menezes.