Pecuaristas do Brasil promovem abaixo-assinado pela proibição do uso da palavra carne em alimentos à base de plantas; objetivo é estimular criação de projeto de lei
Produtores rurais se juntam contra termo “carne vegetal” – Nesta semana o governo da França, um dos maiores mercados de alimentos do mundo, assinou decreto que proíbe o uso do nome de carne e suas derivações (hambúrguer, bife, salsicha) em alimentos proteicos à base de plantas. A legislação entrará em vigor a partir de 1 de outubro.
A França é o primeiro país da União Europeia a fazer tal movimento, que se espalha pelo mundo com o objetivo de bem-informar e não confundir a cabeça dos consumidores. “Não será possível usar terminologia específica do setor tradicionalmente associada à carne e peixe para designar produtos que não pertencem ao mundo animal e que, em essência, não são comparáveis”, diz o decreto oficial.
Esse fato reacendeu a discussão sobre o tema no Brasil, afinal, somos o maior exportador de carne bovina do mundo.
Lorenzo Junqueira, da Fazenda Bacuri em Nazário, Goiás, criou uma petição digital pedindo “Proibição do nome de carne em alimentos à base de plantas!” “O nosso objetivo é conquistar 100 mil apoiadores e depois entregar essas assinaturas à um deputado ou senador da bancada ruralista. Esperamos que algum político abrace essa causa e crie um projeto de lei sobre o tema”, disse Junqueira.
Você pode assinar o abaixo-assinado clicando aqui.
“Quando esta proibição ocorrerá no Brasil? E até quando os pecuaristas brasileiros aceitarão passivamente esta propaganda enganosa? Está na hora de reagirmos. Devemos reivindicar para que seja praticada a verdade. Se plant based não é carne – aliás, são alimentos super processados, cujos efeitos ainda não estão claros no organismo –, então não pode ser denominada como carne. Simples assim”, assinala o cardiologista e pecuarista Nabih Amin El Aouar, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), entidade que reúne os criadores da raça Nelore no país.
“Assim como o governo da França, está na hora de o governo brasileiro, por meio do MAPA, se posicionar sobre o tema. Nossos objetivos principais são dois: mostrar que plant based não é carne e fornecer a correta informação para os consumidores”, explica Nabih Amin El Aouar.
Concorda e quer colaborar? Assine a petição aqui.
