Previsão do tempo para março preocupa produtores; confira

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para março levanta preocupações especialmente para as regiões produtoras de grãos, onde a disponibilidade de água é crucial para o desenvolvimento das lavouras; confira

Com base nas previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de março de 2024, o Brasil se prepara para enfrentar uma distribuição desigual das chuvas, com potenciais impactos na produção de grãos em diferentes regiões do país.

De acordo com o Inmet, as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul devem experimentar chuvas abaixo da média, com maior intensidade em algumas áreas do Sudeste. Esta previsão levanta preocupações especialmente para as regiões produtoras de grãos, onde a disponibilidade de água é crucial para o desenvolvimento das lavouras.

O Matopiba, região que abrange partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, viu um aumento na umidade do solo nos meses anteriores devido ao retorno das chuvas regulares em janeiro e fevereiro de 2024. Isso beneficiou o crescimento das culturas da primeira safra. No entanto, as previsões de chuvas abaixo da média para março podem restringir o desenvolvimento das lavouras e afetar o plantio do milho segunda safra, não apenas no Matopiba, mas também em grande parte da região Centro-Oeste.

Nos estados do Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a previsão indica total de chuva dentro ou ligeiramente acima da média. Nesses locais, as precipitações podem manter os níveis de água no solo elevados, favorecendo o desenvolvimento das culturas da primeira safra. Entretanto, áreas específicas no Rio Grande do Sul e na faixa oeste do Paraná e de Santa Catarina podem enfrentar restrições hídricas, com previsões de chuvas próximas ou ligeiramente abaixo da média, o que pode afetar o crescimento das culturas em estágios críticos.

Temperaturas

Além das chuvas, as temperaturas também serão um fator a ser considerado. Prevê-se que vão ficar acima da média em grande parte do país, com valores superiores a 25ºC. Algumas áreas, como Roraima, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul e São Paulo, podem registrar médias de até 29ºC.

Em contraste, em partes do Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Piauí, Maranhão e Amazonas, são esperadas temperaturas próximas da média para o período.

Com essas previsões em mente, os agricultores e autoridades estão atentos às condições climáticas, preparando-se para possíveis desafios que possam surgir durante o mês de março e seu impacto na safra de grãos 2023/24.

Medidas de precaução

Diante das previsões climáticas, algumas medidas são sugeridas para mitigar os impactos nas lavouras:

Monitoramento constante: Manter um acompanhamento regular das previsões meteorológicas e das condições do solo é fundamental para estar preparado para quaisquer mudanças repentinas no clima.

Manejo da irrigação: Em áreas onde a previsão indica chuvas abaixo da média, é importante otimizar o uso da irrigação, garantindo que as plantas recebam a quantidade adequada de água para seu desenvolvimento saudável.

Diversificação de culturas: Considerar a diversificação das culturas plantadas pode ajudar a mitigar os riscos associados a condições climáticas adversas, distribuindo a exposição a potenciais perdas.

Investimento em técnicas de conservação de água: Implementar práticas de conservação de água, como sistemas de captação e armazenamento de água da chuva, pode ajudar a garantir o suprimento hídrico necessário durante períodos de escassez.

Adaptação do calendário de plantio: Se as previsões indicarem chuvas abaixo da média, considerar ajustes no calendário de plantio para evitar períodos de seca prolongada ou excesso de umidade.

Utilização de técnicas de manejo do solo: Práticas como a cobertura morta e o cultivo mínimo podem ajudar a melhorar a retenção de umidade no solo e reduzir a erosão, especialmente em regiões onde a precipitação pode ser irregular.

Planejamento financeiro: Preparar-se financeiramente para possíveis perdas na produção, seja por meio de seguros agrícolas ou reservas financeiras, pode ajudar a minimizar o impacto econômico de condições climáticas desfavoráveis.

Capacitação e assistência técnica: Oferecer suporte técnico e treinamento aos agricultores sobre práticas de manejo adaptativas e resistentes ao clima pode ajudar a aumentar a resiliência das comunidades agrícolas frente às adversidades climáticas.

Ao implementar essas medidas, os agricultores podem estar melhor preparados para enfrentar os desafios que possam surgir durante o mês e proteger suas safras.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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