R$: 257,80/@: Pecuarista, segura o boi que a arroba está subindo

Expectativa de continuidade, e maior intensidade, do movimento de valorização da arroba no curto prazo coloca uma janela de oportunidade para os pecuaristas que conseguem segurar a boiada por mais uma semana!

O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta segunda-feira (26). Segundo informações das consultorias que avaliam o mercado diariamente, a semana iniciou com inexpressivo fluxo de negociações, seguindo a tradição das indústrias de avaliar o escoamento do fim de semana e montar as estratégias de compras. A tendência de curto prazo ainda remete a alta dos preços, considerando o encurtamento das escalas de abate em grande parte do país, o que sugere maior necessidade de compra e maior propensão a reajustes no curto prazo.

O próximo período de virada de mês – entrada da massa salarial e festividades de São João – é um motivador importante nesse sentido, considerando o aquecimento da demanda com a entrada dos salários na economia. Outro aspecto é que a oferta estará mais restrita nesse período.

A oferta de animais de safra é apenas residual e ainda não há grande incidência de confinados prevista para julho, mantendo uma certa dificuldade na composição das escalas de abate, disse o analista Fernando Henrique Iglesias.

A maioria dos frigoríficos iniciou a semana fora das compras, o que trouxe estabilidade para a cotação da arroba de todas as categorias terminadas. Com isso, no interior de São Paulo, o boi gordo direcionado ao mercado interno continua valendo R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 210/@ e R$ 230/@ (preços brutos e a prazo), apurou a Scot Consultoria.

A cotação do “boi-China” – abatido mais jovem, com até 30 meses de idade – está em R$ 255/@ (preço bruto e a prazo), segundo as consultorias. O mercado para essa categoria é o mais aquecido, tendo em vista o maior volume de carne bovina exportada na parcial do mês, principalmente com a retomada chinesa.

Segundo os dados do INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/B3, os valores abriram a semana com grande valorização, com a média acumulando alta de 5,98% na comparação mensal. Com isso, os valores chegaram a média de R$ 257,80 por arroba (Conforme gráfico abaixo). O valor é o maior dos últimos 23 dias úteis.

Segundo a S&P Global Commodity Insights, nos últimos dias, as escalas de abate de muitos frigoríficos brasileiros não avançaram. “Há unidades que ainda têm espaço em suas programações para aquisição de lotes para a semana em curso”, relata a S&P Global.

De acordo com os analistas da Agrifatto, com a redução de oferta de animais terminados (fim do movimento de desova da safra), a pressão baixista sobre o boi gordo perdeu força, abrindo espaço para leves valorizações nos preços da arroba.

N B3, todos os contratos abriram a semana com reajustes positivos e o contrato com vencimento para jun/23 encerrou o pregão cotado em R$ 251,60/@, valorização de 0,22% no comparativo diário, segundo boletim da Agrifatto.

Exportações em alta, aponta Agrifatto

As exportações de carne bovina in natura da última semana ficaram em 40,08 mil toneladas, resultando em uma média de 8,02 mil t/dia, o que representa queda de 9,35% no comparativo semanal, apesar do recuo o volume ainda é considerado forte.

Ao longo dos dezesseis primeiros dias úteis de  foram embarcadas 154,63 mil toneladas da proteína in natura, média de 9,66 mil t/dia, alta de 33,14% ante a média diária de jun/22, apesar de ainda faltarem cinco dias úteis para jun/23 encerrar, os envios já superam em 1,44% todo jun/22. Com isso, os embarques podem totalizar 188 mil toneladas ao final do mês, o que seria recorde.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • São Paulo, Capital: R$ 248
  • Dourados (MS): R$ 241
  • Cuiabá (MT): R$ 208
  • Goiânia (GO): R$ 228
  • Uberaba (MG): R$ 227

Boi gordo no atacado

O mercado atacadista teve preços acomodados no fechamento da semana. O viés ainda é de alguma
alta dos preços no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da
reposição entre atacado e varejo.

A maior competitividade da carne de frango segue como um limitador para altas mais agressivas, assinalou Iglesias, da Agência Safras.

  • Quarto traseiro foi precificado a R$ 18,30 por quilo
  • Quarto dianteiro ficou a R$ 13,60 por quilo
  • Ponta de agulha foi precificada a R$ 13,30 por quilo

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