O custo de vida tem disparado desde o início a pandemia, isso é fato! Outro ponto importante neste contexto foi a inflação, com isso, o salário mínimo ideal deveria ser R$ 5,9 mil!
O salário mínimo ideal para atender às necessidades de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 5.997,14 em janeiro. É o que afirma a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgada nesta segunda-feira, 7. O valor corresponde a 4,95 vezes o piso federal atual, de R$ 1.212.
A estimativa do Dieese é realizada mensalmente e indica qual é o rendimento mínimo necessário para que um trabalhador e sua família possam suprir as despesas do mês com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Confira abaixo as altas dos alimentos, onde subiu mais a cesta básica e os motivos do salário ser mais alto que o atualmente praticado.
A estimativa do valor ideal para janeiro tem como base os preços da cesta básica de São Paulo, com custo de R$ 713,86, a mais cara do mês entre as 17 capitais que são analisadas na pesquisa.
Segundo o Dieese, considerando o preço da cesta básica, o trabalhador que recebe um salário mínimo comprometeu em média 55,20% do seu rendimento líquido de janeiro para adquirir os produtos alimentícios básicos, mesmo com o reajuste de 10,18% dado ao salário mínimo.
O valor ideal de janeiro, de R$ 5.997,14, representa um aumento de 3,4% em relação à estimativa da pesquisa para o salário mínimo ideal de dezembro de 2021, que foi de R$ 5.800,98, também levando em conta a cesta básica de São Paulo. Em dezembro, o piso nacional era R$ 1.100.
Alta de preços
O Dieese indica também que o valor da cesta básica aumentou em janeiro em 16 das 17 capitais nas quais a pesquisa é realizada, com as maiores altas ocorrendo em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%).
A cesta básica mais cara, como mencionado anteriormente, foi a de São Paulo (R$ 713,86), seguida por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00).
As maiores altas acumuladas em 12 meses ocorreram em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%).
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Alimentos mais caros na cesta básica dos brasileiros. Entenda
Os trabalhadores não terem o salário mínimo ideal para 2022 impactam o poder de compra das famílias brasileiras. O levantamento feito pelo Dieese ainda revela os alimentos que registraram a maior alta em todas as capitais. Os maiores vilões são o café em pó, açúcar e o óleo de soja. No caso do café em pó, houve alta em todas as capitais analisadas em comparação ao mês de dezembro.
O açúcar também teve alta e o valor subiu em 15 capitais. Em Brasília, o custo ficou 4,66% mais alto, apenas as cidades de Florianópolis e Porto Alegre tiveram queda, registrando 1,9% e 0,22%, respectivamente. Em relação ao óleo de soja, o produto registrou alta em 15 capitais, em Belém chegou a aumentar 5,99%. Tendo apenas Vitória e Aracaju com baixa no preço.