Fumaça vegetal pode aumentar faturamento do agro em até R$ 3 bi ao ano; entenda

Adjuvante agrícola extraído da fumaça da carbonização de carvão vegetal se apresenta como solução menos dispendiosa para o agronegócio com zero impacto à saúde humana

O trabalho no campo é uma das atividades econômicas mais importantes para o desenvolvimento social e abastecimento de milhares de pessoas em todo o planeta. No Brasil, a atividade bateu recorde nas exportações, quando, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o faturamento chegou a US$ 159,09 bilhões. Um crescimento de 32% na comparação com o ano anterior.

Diante da escalada do agronegócio no país, surge também a necessidade de se discutir insumos economicamente favoráveis e sustentáveis ao meio ambiente. O Biopirol, por exemplo, o extrato pirolenhoso da Biocarbo, é um adjuvante agrícola obtido do processamento do carvão vegetal (eucalipto) e tem inúmeras funcionalidades para atividade agrícola. Uma opção mais barata e livre de substâncias maléficas à saúde.

“Trata-se de um insumo sustentável e econômico para o setor do agronegócio, pois é produzido a partir da fumaça que não seria aproveitada, além disso, trata-se de um mix de substâncias que têm várias funções no metabolismo das plantas, inclusive melhorando a absorção de nutrientes.Isso resulta em plantios mais produtivos e de menor custo”, pontua a CEO da Biocarbo, Maria Emília Rezende, que é a engenheira química responsável pelo produto.

O Biopirol melhora a ação de fungicidas e inseticidas nas culturas de grão e frutos, além de auxiliar e potencializar a ação de herbicidas, devido a sua propriedade adjuvante. Ele também induz resistência pela ação dos fenóis (compostos orgânicos oxigenados) presentes na sua composição e forma complexos com os metais facilitando a absorção dos fertilizantes. Ele tem em sua composição mais de 200 substâncias como álcoois, fenóis e derivados de lignina ( material aromático renovável mais abundante na Terra e o segundo polímero orgânico mais abundante depois da celulose).

O Biopirol é feito a partir da carbonização do eucalipto vegetal para a produção de carvão, que gera o alcatrão vegetal (proveniente das cinzas), e o extrato pirolenhoso, que é uma fração aquosa obtida no processamento do alcatrão vegetal. Para atender às funções agrícolas, o extrato deve ser puro, isento de alcatrão. As tecnologias de biorefino utilizadas pela Biocarbo garantem a pureza do Biopirol, com PH entre 2,0 a 2,7,que, logo, pode ser utilizado no campo no controle de pragas ou como adjuvante na germinação de sementes de plantas.

“Brasil produz cerca de 5 milhões de toneladas de carvão vegetal por ano, e gera, em média, R$ 6 bilhões de faturamento para o setor. Com a implantação de novas tecnologias, que permitam a produção e o uso de extrato pirolenhoso, o faturamento pode crescer em mais de R$3 bilhões ao ano”, projeta a cientista.

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