Nanotecnologia suplementa plantas de forma única

Lançamento com tecnologia inédita no país e que disponibiliza o elemento químico (cobre) por tempo prolongado à lavoura deixando-a mais sadia e resistente às principais doenças

Desembarca no Brasil uma ferramenta inédita no fornecimento de Cobre (Cu) às plantas. O lançamento da Rotam, companhia global em soluções tecnológicas para agricultura, é dotado de nanotecnologia cujas propriedades físico-químicas lhe conferem características únicas no País. “Dessa forma além da nutrição há uma ação preventiva contra as principais doenças das principais culturas. Essa tecnologia propicia a ampliação da área de atuação do produto, não apenas na superfície (como os protetores), mas também dentro do tecido celular das plantas”, explica, Tamara Ribeiro Silva, coordenadora de pesquisa & desenvolvimento da Rotam.

O produto que é 100% solúvel em água, não cria depósitos e não obstrui peneiras e bicos. Além disso, é possível aplicá-lo em todos os estágios da cultura sem provocar fitotoxicidade, mesmo nas fases mais sensíveis. Devido a sua tecnologia, são usadas quantidades significativamente menores de cobre, em comparação aos óxidos e hidróxidos do mercado. “Com isso, os resultados são a não concentração tóxica e a possibilidade de aplicação em todos os estádios fenológicos das plantas”, explica Tamara.

Importância do Cobre

O elemento é fundamental para todos os seres vivos, porque faz parte de uma variedade de proteínas que regulam muitos processos bioquímicos, como a fotossíntese e transferência de elétrons via respiração celular, processos metabólicos da parede celular; sensor de etileno e síntese de polifenóis. “Ou seja, este nutriente está diretamente ligado à fisiologia das plantas. Estar com a quantidade e a forma correta, é fundamental para o bom desenvolvimento das plantas e proteção às principais doenças”, aponta a pesquisadora.

Testemunha X Kypros
Foto: Divulgação

O Kypros é uma das formas mais ativas de cobre em soluções com pH abaixo de 5, enquanto as demais formas do elemento químico perdem sua atividade em pHs mais baixos. Ele pode ser usado em todas as faixas de pH, e ainda ser associado com a maioria dos fungicidas e inseticidas do mercado.

Como age a nanotecnologia

A nanotecnologia é uma ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria numa escala atômica e molecular lidando com estruturas entre um e mil nanômetros (1 e 1000 nm), ou seja, conferindo novas propriedades à matéria. Neste caso, em prol da agricultura. O cobre é disponibilizado no Kypros em sua forma biologicamente ativa, nanotecnologicamente, em partículas que possuem o tamanho nanométrico.

Através de tecnologia única e inovadora, é estável em soluções aquosas por tempo prolongado. “Formulações tradicionais de cobre em sua grande maioria são indisponíveis para a planta. Isso pois possuem tamanhos de partículas que impedem sua penetração nos tecidos da mesma, através dos estômatos e demais aberturas naturais presentes nas folhas, bem como atravessar a parede celular”, relata. Outro inconveniente apontado por Tamara é “que uma vez que não apresentam mecanismos que neutralizam a atração física entre as partículas, não rara as vezes, podem ocorrer a formação de partículas ainda maiores, que dado a seu tamanho e peso se precipitam”.

Resultados na prática

O cobre é um elemento muito utilizado no manejo da Ferrugem Asiática na soja, doença causada pelo fungo (Phakopsora pachyrhizi), um dos problemas fitossanitários mais graves enfrentados pelos produtores brasileiros. A redução na produtividade pode chegar até 80%, dependendo do grau de infestação.

Foto: Divulgação

Um deles, realizado pela Fundação MT, em Primavera do Leste-MT, safra 2019/20, avaliou a porcentagem de controle da Ferrugem Asiática na oleaginosa além da produtividade alcançada na área.

A pesquisa apurou que a associação de Kypros ao programa de fungicidas alcançou até 90% de controle da doença. Em relação a produtividade, a ação dos fungicidas com o Kypros obteve 64,2 sacas por hectare, enquanto a testemunha 53,9, ou seja, quase 12 sacas a mais por ha. “Este ganho em produção faz diferença no retorno financeiro do produtor, que tem uma lavoura mais sadia e produtiva”, destaca a Head de Marketing da Rotam, Cristiane Delic.

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