Preço do “Boi China” recua com embargo de frigoríficos

Os preços do boi gordo estão sendo negociados de forma mista. Além da pressão pela maior oferta, os embargos da China a importantes frigoríficos é outro fator complicador!

O mercado físico de boi gordo registrou preços entre estáveis e mais baixos nesta segunda-feira, 30, trabalhando de forma mista entre as praças pecuárias. Com a maior oferta de animais gordos para abate, os frigoríficos seguem encontrando condições propícias para seguir reduzindo seus preços na compra de gado.

Outro ponto de atenção são as novas suspensões de importantes plantas frigoríficas pelo país por parte da China, principal destino da carne bovina brasileira. Entretanto, o aumento dos volumes embarcados para os EUA, pode ser um alento neste momento, caso se concretize esse mercado.

“Em linhas gerais, as escalas de abate permanecem bastante confortáveis, dando margem a esse tipo de estratégia. Além disso, os frigoríficos ainda precisam conviver com embargos temporários impostos pela China, situação que gera resíduos regionais. Nesse caso, os frigoríficos exportadores precisam reorganizar suas escalas de abate e passam a atuar de maneira distinta na compra de gado, também reduzindo seus preços na compra de gado”, disse Iglesias da Agência Safras.

Nas praças paulistas, os preços do boi, vaca e novilha gordos abriram estáveis, mas com poucos negócios sendo reportados. Com escalas programadas para a semana. Com isso, o boi gordo está apregoado em R$302,00/@, a vaca gorda em R$272,00/@ e a novilha gorda em R$292,00/@, preços brutos e a prazo.

A referência para bovinos cujo destino é a exportação para China está em R$305,00/@, lembrando que esse mercado já chegou a pagar um ágio de até R$ 35/@ neste ano. Segundo o app da Agrobrazil, o pecuarista de Nortelândia/MT, informou negociação de R$ 310,00 com pagamento no prazo de 30 dias e abate programado para o dia 01 de junho.

Segundo o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3, a semana abriu com uma valorização de 1,46% na comparação diária. Desta forma, os preços pularam de R$ 315,80/@ para o valor de R$ 320,40/@. Na comparação mensal, a variação negativa é de 4,32%. Ainda segundo a instituição, os valores negociados em dólar, encerram mais uma semana cotados a US$ 67,44/@. Confira o gráfico abaixo!

Segundo os analistas da Agrifatto, em sua análise diária, apontaram que ” a última segunda-feira de maio se manteve sem alterações em relação ao mercado físico do boi gordo. No estado de São Paulo o “boi comum” seguiu sendo comercializado na média de R$ 280,00/@ enquanto o “boi china” continuou na média de R$ 310,00/@“.

Já na B3 o movimento foi de valorização, o futuro com vencimento para mai/22 encerrou o pregão cotado a R$ 315,75/@, com uma variação diária de 0,78%, apontou a Agrifatto.

Nas regiões Sul e Sudeste, a disponibilidade de animais prontos para abate já começa a apontar diminuição, refletindo o avanço do período seco.

“A seca, o sol forte e geadas pontuais reduzem a massa verde dos campos”, relata a IHS. Na região Centro-Oeste, a oferta de animais gordos ainda é elevada. “As disponibilidades de lotes nessa região devem começar a dar indícios de redução a partir da segunda quinzena de junho”, observa a IHS.

Por sua vez, nas regiões Norte e Nordeste, o clima chuvoso tem dado maior suporte na capacidade de manutenção dos animais nas fazendas, sem riscos de perda de peso, acrescenta a IHS.

Segundo apurou a consultoria, as indústrias brasileiras seguem com as escalas de abate virtualmente alongadas, sobretudo as unidades que atuam com a maior parcela de sua produção voltada ao mercado externo.

@fotodeboi

Giro do Boi Gordo pelo Brasil, segundo Agência Safras

  • Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 307.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 277.
  • Já em Cuiabá (MT), a arroba ficou em R$ 270.
  • Em Uberaba (MG), preços a R$ 280 por arroba.
  • Goiânia (GO) teve indicação de R$ 270 para a arroba do boi gordo.

Atacado

O mercado atacadista iniciou a semana operando com preços em queda. Segundo Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete a alguma queda das cotações. O quadro pode mudar durante a virada de mês, com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. O padrão de consumo delimitado para 2022 segue apontando para amplo consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e do ovo.

O quarto traseiro foi precificado a R$ 22 o quilo, queda de R$ 0,80. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 15,80 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 15,40 por quilo, queda de R$ 0,10.

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