Anvisa libera uso de estoques de Paraquate esta safra

Anvisa autoriza uso de estoques de Paraquate na safra 2020/2021; o prazo máximo de utilização do herbicida obedece a um calendário regional

Produtores de soja, milho e algodão que possuem estoques do herbicida Paraquate estão autorizados a utilizar o produto no decorrer da safra 2020/2021. A autorização foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) durante Reunião de Diretoria Colegiada, realizada nesta quarta-feira (7.10), em Brasília.

Segundo a Anvisa, o prazo máximo de utilização do herbicida obedece a um calendário regional (veja quadro abaixo).

Segundo a Anvisa, o prazo máximo de utilização do herbicida obedece a um calendário regional
Fonte: Aprosoja

O uso do Paraquate havia sido proibido pela Anvisa a partir do dia 22 de setembro deste ano . No entanto, após uma articulação que envolveu entidades como a Aprosoja Brasil, Abrapa, Abramilho com membros da Frente Parlamentar da Agropecuária e do Ministério da Agricultura, o uso dos produtos já adquiridos pelos produtores foi permitido para evitar ainda mais prejuízos ao setor.

Proibição do paraquat deve impactar agro brasileiro em R$ 27 bilhões

Um estudo encomendado pelo Instituto Pensar Agro ao MB Agro avalia quais os efeitos imediatos da suspensão do uso do paraquat na agricultura. A análise aponta que, considerando culturas soja, milho, algodão, feijão, café e arroz, a proibição feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em 22 de setembro, pode afetar a viabilização do plantio direto no Brasil.

Segundo o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira (MDB-RS), o defensivo aumenta a produtividade da agricultura, reduz o custo de produção para o produtor rural e preserva o meio ambiente. “Além de cuidar da lavoura, promover um alimento seguro e acessível à toda sociedade, o defensivo agrícola aumenta entre 50% e 85% o teor de matéria orgânica do solo e garante sustentabilidade. Como resultado se obtém redução de erosões, aumento de fertilidade da terra e se evita o assoreamento de rios”, disse.

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