Boi gordo e grãos continuam rompendo máximas na bolsa

Boi gordo arranca no início da semana e já tem como referência para outubro/21 o valor de R$ 322,55/@, informações são da Agrifatto Consultoria

Em uma segunda-feira marcada pela alta do dólar e dos preços internacionais, a cotação do milho no mercado físico brasileiro avançou e rompeu os R$ 92,00/sc. Na B3, o contrato para março/21 se encerrou, e agora o vencimento mais líquido é o setembro/21, que registrou alta de 1,15%, fechando o dia à R$ 84,32/sc. Já nos EUA, a bolsa de Chicago fechou com os preços do milho valorizando 1,95% no vencimento para maio/21, encostando novamente nos US$ 5,50/bu.

A desaceleração dos embarques continua a atingir as exportações de milho brasileiro. Com cada vez mais soja chegando nos portos, o cereal vai perdendo espaço, e com isso os envios para fora do país vão despencando. Na última semana foram 41,13 mil toneladas embarcadas, 78% a menos do que na primeira semana do mês, fazendo com que a média diária recuasse 38,90% e atingisse o volume de 22,64 mil toneladas.

novilhada gorda oriunda de cruzamento nelore angus
Foto: Eduardo Krisztán Pedroso

O mercado de boi gordo segue sua caminhada rumando os R$ 315,00/@ como referência em São Paulo, sustentado pela completa escassez de animal apto para o abate. O pecuarista que detêm animais neste momento força a pedida ao máximo que consegue, em uma clara demonstração de sua força. Na B3, o movimento é parecido, a força compradora fez o contrato para mio/21 atingir os R$ 307,45/@, valorizando 1,15%.

Os envios de carne bovina brasileira in natura para o exterior perderam um pouco de força na última semana. Foram embarcadas 59,62 mil toneladas até a segunda semana de março/21, o que levou a média diária do mês estabelecer-se em 5,96 mil toneladas, sofrendo um recuo de 2,41% comparado com a semana retrasada. Apesar do recuo no comparativo semanal, a possibilidade de rompermos um recorde para o mês de março ainda existe.

Superprodução de soja garante proteção da floresta 1
ILPF Biomas Fazenda Cristalina / Foto: Vinicius Soares Braga

Enquanto o andamento da colheita continua a pressionar as cotações da soja no Brasil para baixo, a movimentação positiva em Chicago e da moeda norte-americana frente ao real impede uma desvalorização mais vertiginosa da oleaginosa brasileira. A referência no mercado físico continua nos R$ 169,00/sc. Na CBOT, o contrato para maio/21 avançou 0,44%, ficando cotado a US$ 14,20/bu, sustentado no atraso da colheita brasileira.

Enquanto o milho “reduz a marcha”, a soja engata a quinta e vê suas exportações de março/21 já dar sinais que irá superar março/20. Foram 2,72 milhões de toneladas enviadas para fora do país na segunda semana do mês de março/21, 13% a mais do que na primeira semana. O que elevou a média diária para o patamar de 513,68 mil toneladas, 6,28% a mais do que na semana retrasada.

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