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Movimento de revisão do material escolar ganha força

Movimento, liderado por mais de 1.200 pais e mães, ganha força junto à Rural para a revisão dos livros didáticos em prol da realidade da agropecuária brasileira

São Paulo, 12 de novembro de 2020 – O Brasil, apesar de ser considerado o maior promotor de segurança alimentar do mundo, enfrenta uma distorção da realidade do campo e do seu papel no contexto histórico e educacional. Nas salas de aulas, materiais didáticos descontextualizam a realidade da agropecuária brasileira, mostrando de forma equivocada o setor às crianças e aos adolescentes. Como representante da classe e dos interesses do setor, a SRB – Sociedade Rural Brasileira acaba de manifestar o seu apoio ao Movimento @DeOlhoNoMaterialEscolar, formado por mais de 1.200 mães e pais de diversos setores da economia, que lutam para a revisão do material didático que “reduz o agro a vilão nacional”. O objetivo é que esses materiais transmitam, de forma correta, a realidade do campo brasileiro.

O movimento nasceu do acompanhamento dos materiais utilizados pelas crianças em sala de aula. “No dia a dia pedagógico dos nossos filhos, percebemos que existe uma alteração no contexto do agronegócio visto de forma tendenciosa e que remete ao período colonial de forma pejorativa. Esta interpretação equivocada dos fatos, observada em quase todas as disciplinas e de maneira constante, inclusive nos materiais iniciais de alfabetização, deixa clara a visão distorcida dos autores e organizadores dos conteúdos apostilados. Não se trata de negar a nossa história, mas é preciso mostrar os bons exemplos de uma atividade que gerou milhares de empregos no pós-guerra, trazendo imigrantes para ajudar na construção do nosso país, no campo e na cidade. A sociedade brasileira foi constituída por essa miscigenação de povos que que possibilitou o desenvolvimento da agropecuária brasileira que hoje representa fonte de renda para milhares de produtores e trabalhadores rurais, , além de alimentar e vestir grande parte da população mundial”, ressaltam as coordenadoras do movimento @DeOlhoNoMaterialEscolar, Andréia Bernabé, Heloisa Sverzut e Leticia Jacintho.

“A educação deve ser uma prioridade para toda a comunidade, inclusive a do campo. Por isso, não podemos permitir a formação de uma sociedade que não conhece a sua verdadeira história”, destaca Teresa Vendramini, presidente da SRB. “E não se trata somente de materiais desatualizados, mas de informações falaciosas que distorcem a realidade do setor produtivo e do homem, tanto do campo quanto da cidade, em conteúdos equivocados. É preciso respeitar a história do nosso país da forma como ela realmente aconteceu. O agronegócio não é um vilão e sim, a mais moderna forma de geração de paz entre as nações. Alimentar o homem é fazer paz”, afirma a executiva.

“Não pouparemos esforços para apoiar a causa. Vamos trabalhar nas ruas, nas cidades, nas rodovias e no campo brasileiro para que a história do Brasil seja ensinada da forma correta, reconhecendo seus equívocos e gerando orgulho de suas conquistas”, afirma Teresa que além de produtora rural, se coloca na posição de mãe e avó.

Diversas iniciativas estão sendo conduzidas pelo movimento, agora com o apoio da SRB, inclusive junto ao Ministério da Agricultura e da Educação, escolas, estimulando a visitação de propriedades rurais, agroindústrias, e fomentando palestras e workshops de promoção da realidade.

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