Outubro é mês de renovar novas máximas da arroba

Início de mês renova esperanças; oferta escassa de carne bovina mantém preços sustentados. Início de mês pode trazer valorização da proteína

Com uma forte redução nos estoques de cereal, o preço do milho na CBOT valorizou 3,91% no contrato para dezembro/20, atingindo US$ 3,79/bu, rompendo a máxima desde o dia 05/03/2020. Com um volume cerca de 6 milhões de toneladas menor do que o esperado pelos analistas, os estoques trimestrais de milho em setembro/20 nos EUA atingiram o montante de 50,67 milhões de toneladas, 10% menor que no mesmo período do ano passado.

Tal fato deu impulso para as cotações do milho também avançarem aqui no Brasil. No mercado físico paulista a referência passou para os R$ 64,00/sc, mas com poucos compradores de cereal ativos no mercado. Na B3, a valorização continuou pelo quinto dia consecutivo, com o vencimento para novembro/20 já sendo negociado à R$ 66,46/sc, com uma alta de 1,73% frente a terça-feira.

Confinamento e Boitel VFL BRASIL. Foto: Marcella Pereira

Dia de estabilidade no mercado atacadista de carne bovina. A entrada de outubro deve balançar positivamente as cotações dos produtos, tendo em vista um maior fluxo de saída com a chegada dos salários. Enquanto isso, ainda são registradas poucas negociações que sustentam os preços pela pouca oferta existente. Hoje, quinta-feira (1), deve demonstrar melhora na liquidez e um possível avanço das indicações.

No mercado de boi gordo, poucas novidades. As cotações seguem firmes em grande parte das praças pecuárias analisadas com pontuais altas observadas. Neste ambiente, as margens dos frigoríficos seguem apertadas em decorrência do spread entre o que tem sido pago aos pecuaristas e comercializado no atacado. A diferença entre o equivalente físico e a arroba na região paulista chega a quase -3,0%, usando como referência o Cepea/Esalq.

Preparando para o plantio de soja
Foto: Reginaldo F Talarico

Assim como no milho, o relatório de estoques trimestrais do USDA abalou o mercado da soja na quarta-feira, a cotação da oleaginosa na CBOT avançou 3,07% no comparativo diário, voltando a ser negociada acima dos US$ 10,20/bu. Com uma redução no comparativo anual de 42% nos estoques trimestrais e um volume 9% abaixo do que o mercado aguardava, o volume menor disponível nos armazéns indica um volume de vendas maior que o esperado.

No Brasil, com o dólar estável, a evolução de Chicago ditou a velocidade de avanço das cotações aqui. Durante a tarde, após o relatório do USDA, as referências no mercado físico passaram para os R$ 151,00/sc, mas com poucos negócios realizados. Para a safra 20/21, as negociações já são realizadas acima dos R$ 115,00/sc em grande parte do país.

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