Preço do milho avança 26% durante a colheita da 2ª safra

O vencimento para setembro/20 na B3 saiu de R$ 42,41/sc no início de junho para R$ 53,75/sc nesta quinta-feira, imprimindo uma forte alta, mesmo com a chegada da oferta da 2ª safra

O milho continua seu rally de alta no mercado físico e futuro brasileiro, em São Paulo, a cotação do cereal subiu nesta quinta-feira e flerta com os R$ 53,00/sc. Mesmo com o avanço da colheita do milho no Paraná e no Mato Grosso do Sul, a pressão negativa que a oferta poderia causar não surte efeitos. Na B3, o dia foi de alta de 1,88% no vencimento setembro/20, encerrando o dia a R$ 53,75/sc, nos últimos 60 dias, a cotação deste contrato avançou mais de 26%.

A situação do milho norte-americano demonstra que a euforia sobre o mercado do cereal se estende apenas pelo território brasileiro, já que na CBOT, o vencimento setembro/20 do milho recuou mais de 6% nos últimos 60 dias, fechando esta quinta-feira a US$ 3,11/bu. Novas compras chinesas deram fôlego ao cereal ontem, fazendo com que o cereal não recuasse mais ainda.

Novilhas Montana de 17@ / Foto: JP Agronegócio

A semana foi de firmeza no mercado atacadista de carne bovina paulista, os preços se mantiveram estáveis ao longo dessa semana. A quinta-feira, dia tipicamente mais movimentando, trouxe consigo a especulação de reajustes positivos, mas que ainda não tem força suficiente para se consolidarem. A carcaça casada permanece cotada a R$ 14,50/kg, com alguns negócios em valores R$ 0,20-0,30/kg maiores. O dianteiro, o queridinho da ponta compradora, fechou o dia em R$ 13,30/kg.

No mercado de boi gordo, o cenário é parecido. Os preços continuam sustentados e a baixa oferta de animais nas principais regiões produtoras ainda é o principal motivador. Apesar disso, as escalas de abate avançaram em algumas praças, com São Paulo fechando o dia com 9,0 dias úteis.

campo de soja
Foto: Divulgação

Com o dólar voltando ao patamar dos R$ 5,35, a soja brasileira obteve mais espaço para avançar no mercado físico, rompendo desta vez o valor de R$ 121,00/sc no porto de Paranaguá. Nota-se que o movimento das indústrias do país na compra de grão se fortaleceu, praticamente equiparando ofertas para mercado interno e exportação, a disputa pela oleaginosa brasileira continua forte.

A estabilidade reinou sobre os vencimentos de soja na CBOT nesta quinta-feira, o contrato para setembro/20 recuou leves 0,17% ficando cotado a US$ 8,75/bu. Apesar de novas vendas para a China terem sido relatadas pelo USDA, o avanço do dólar freou uma possível valorização da soja norte-americana.

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