arroba

A disponibilidade de boiadas diminuiu na maioria das praças pecuárias, sinal de entressafra. Entretanto, este cenário não foi suficiente para mudar o comportamento das cotações.

O mercado de boi gordo, que já registrava fraco ritmo de negócios nas primeiras semanas de maio, está paralisado diante do atual cenário.

Em função da greve dos caminhoneiros, que teve início no dia 21/5, o gado não chegou aos frigoríficos e a carne não saiu.

Com as dificuldades de logística, em geral, não há referência no mercado do boi gordo e as escalas pararam de avançar.

Com a gradativa redução da oferta de boiadas a pressão de baixa diminui e, aos poucos, o mercado está ganhando sustentação.

Apesar do viés baixista ainda caracterizar este período do mercado, a intensidade da queda diminuiu e gradativamente o rumo tomado está caminhando para o equilíbrio.

"Só contrabando justifica arroba do boi no Paraguai ser mais valorizada que em Mato Grosso do Sul" afirma presidente da Associação dos criadores do MS.

Das trinta e duas praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, no fechamento da última quarta-feira (16/5) houve alta em cinco e queda em três.

O mercado do boi gordo esteve em compasso de espera na última segunda-feira (14/5). Foram poucas as ofertas de compra.

Na maior parte das praças as escalas estão alongadas, em alguns casos as programações de abate já estão para a terceira semana do mês. Esse cenário permite que as empresas endureçam as negociações.

O setor pecuário vivencia um momento turbulento, o que tem gerado forte oscilação do Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo, à vista) neste início de maio.

A entressafra está próxima e muitos estados sentem a falta de chuvas. Em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Tocantins a estiagem varia de 15 a 30 dias.