
Desde o dia 6 de janeiro está proibida a entrada de bovinos e bufalinos para permanecerem vivos no Paraná. Ingresso para abate imediato ou passagem pelo território estão autorizadas.
O Paraná está de portas fechadas para a entrada de bovinos e bufalinos vindos de outros Estados que vacinem seus rebanhos contra a febre aftosa (com exceção daqueles que serão abatidos ou apenas cruzarão o território). A medida faz parte da série de etapas que precisam ser cumpridas pelas autoridades sanitárias para a conquista do reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). A expectativa é que, com os parâmetros técnicos dentro das exigências internacionais, a conquista do novo status sanitário pelo Paraná deva ser oficializada na assembleia-geral da instituição global em maio de 2021.
A partir do fim da vacinação, que ocorreu em outubro de 2019, e do fechamento da fronteira, o Paraná passou a ficar isolado sanitariamente do restante do país, no que diz respeito à febre aftosa. Com isso, em maio de 2020 – quando a última aplicação de vacinas contra a febre aftosa no Estado terá completado um ano –, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve fazer um inquérito sorológico no rebanho paranaense, a fim de constatar que não há circulação viral no território. Com essa confirmação laboratorial, então, o Mapa poderá pedir à OIE que reconheça o Paraná como área livre de aftosa sem vacinação.
Fluxo de produtos
O gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, pondera que segue autorizada a entrada de derivados de bovinos e bufalinos e que também é possível o ingresso de cargas lacradas. Neste último caso, os animais vivos devem ser destinados, ou ao abate imediato, ou para cruzarem o território estadual.
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“Nesse momento de transição é importante destacar que não entra mais animais para cria, engorda, reprodução ou eventos. O produtor tem papel fundamental nessa etapa, atualizando sempre seus cadastros de rebanho duas vezes ao ano e notificando a Adapar qualquer caso suspeito de febre aftosa. Na dúvida, comunique”, aconselha o gerente da Adapar.
Para o presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAEP, Rodolpho Botelho, a função principal do produtor rural agora é trabalhar para garantir ao máximo a segurança sanitária do Paraná. “Os processos burocráticos e legislativos foram todos tomados. Agora, o próprio produtor precisa seguir dando sua contribuição para garantir essa questão sanitária, principalmente cumprindo as normas regulamentares e respeitando a legislação. Com isso, o Paraná conseguirá um grande destaque, quer seja na produção, produtividade e na conquista de novas oportunidades de mercado”, pontua.
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A sanidade do Estado depende da união, não apenas dos produtores de bovinos, mas de todos os pecuaristas, destaca o técnico do Departamento Técnico Econômico (DTE) da FAEP Guilherme Souza Dias. “A atualização do cadastro duas vezes por ano por todos os criadores de animais com fins comerciais, desde abelhas e peixes até caprinos e bovinos, é uma ação crucial para um controle efetivo da sanidade no Estado. É importante lembrar que aliado a isso há toda uma retaguarda prevista para indenizar produtores que porventura possam ter problemas sanitários. Portanto, qualquer anomalia deve ser comunicada imediatamente às autoridades sanitárias”, reforça.
Papel decisivo na conquista
O Sistema FAEP/ SENAR-PR teve um papel decisivo na construção do sistema sanitário do Paraná nas últimas décadas. Desde os anos 1970, a entidade atua de forma efetiva nas ações que levaram o Estado a chegar no reconhecimento internacional.
E o trabalho continua, com uma série de ações junto aos produtores e órgãos públicos para garantir que todos os trâmites, no poder público e nas propriedades rurais, andem em sintonia para que seja possível coroar um trabalho de décadas na construção de uma sanidade robusta no Estado do Paraná.